Ciclo de Vida da Barata

Barata

Como acontece com muitos animais, a reprodução da barata se baseia em ovos de uma fêmea e em esperma de um macho. Geralmente, a fêmea libera feromônios para atrair um macho e, em algumas espécies, os machos lutam pelas fêmeas disponíveis. O que acontece exatamente depois que um macho deposita seu esperma na fêmea varia, porém, de uma espécie para a outra.

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A maioria das baratas são ovíparas – suas crias crescem em ovos fora do corpo da mãe. Nessas espécies, a barata-mãe carrega seus ovos em uma bolsa chamada ooteca, que é conectada a seu abdômen. O número de ovos em cada ooteca varia de uma espécie para a outra.

Muitas baratas fêmeas soltam ou escondem suas ootecas um pouco antes de os ovos estarem prontos para quebrar. Outras continuam a carregar os ovos que estão abrindo e cuidam de suas crias depois que elas nascem. Independentemente da quantidade de tempo que a mãe e os ovos passam juntos, a ooteca, contudo, tem de permanecer úmida para que os ovos se desenvolvam.

Outras baratas são ovovivíparas. Em vez de crescerem em uma ooteca fora do corpo da mãe, as baratas crescem em uma ooteca dentro do corpo dela. Em algumas espécies, os ovos crescem dentro do útero da mãe sem estarem cercados por uma ooteca. As baratas em desenvolvimento dentro do corpo se alimentam das gemas dos ovos, assim como fariam se os ovos estivessem fora do corpo. Uma espécie é vivípara – suas crias se desenvolvem em um fluido dentro do útero da mãe, assim como fazem muitos mamíferos. As espécies ovovivíparas e vivíparas geram crias vivas.

Ciclo de vida da barata – Osaka – Controle de Pragas

O cuidado das baratas-mãe com suas crias também varia de espécie para espécie. Algumas mães escondem ou enterram suas ootecas e nunca vêem suas crias. Outras cuidam de suas crias depois do nascimento, e cientistas acreditam que algumas crias têm a capacidade de reconhecer suas mães. O número de crias que uma barata pode gerar também varia consideravelmente. Uma barata alemã e suas descendentes podem gerar 300 mil baratas em um ano. Uma barata norte-americana e suas descendentes podem gerar o número comparativamente baixo de 800 novas baratas por ano.

A ooteca e a ninfa da barata oriental

baratas que acabaram de sair dos ovos, conhecidas como ninfas, geralmente são brancas. Um pouco depois do nascimento, elas ficam marrom e seus exoesqueletos endurecem. Elas começam a se parecer com baratas adultas pequenas e sem asas.

As ninfas sofrem metamorfose várias vezes enquanto se tornam adultas. O período entre cada metamorfose é conhecido como um instar. A cada instar, a barata se parece mais com uma barata adulta. Em algumas espécies, esse processo leva apenas poucas semanas. Em outras, como a da barata oriental, ele leva entre um e dois anos. O tempo de vida total das baratas também varia. Algumas vivem apenas por poucos meses, ao passo que outras vivem por mais de dois anos.

As baratas geralmente preferem áreas quentes, úmidas e escuras.

As baratas selvagens são mais comuns em partes tropicais do mundo. Elas são onívoras e muitas espécies se alimentam de praticamente tudo, inclusive de papel, roupas e insetos mortos. Algumas vivem unicamente de madeira, muito parecido com o que os cupins fazem.

Embora as baratas sejam parentes próximas dos cupins, elas não são tão sociais quanto eles. As colônias de cupins têm uma estrutura social organizada, em que vários membros têm funções diferentes. As baratas não têm esses tipos de funções, mas elas costumam preferir viver em grupos. Um estudo na Universidade Livre de Bruxelas, na Bélgica, revelou que grupos de baratastomam decisões coletivas sobre o local onde viver. Quando um espaço era grande o suficiente para todas as baratas no estudo, todas elas permaneciam lá. Quando, porém, o espaço grande não estava disponível, as baratas se dividiam em grupos iguais para caberem no menor número de áreas diferentes.

Outro estudo sugere que as baratas têm uma inteligência coletiva formada pelas decisões de cada barata. Cientistas europeus criaram um robô chamado InsBot, que era capaz de imitar o comportamento da barata. Os pesquisadores aplicaram feromônios de barata no robô para que as baratas de verdade o aceitassem. Aproveitando a tendência das baratas de acompanharem umas às outras, o InsBot foi capaz de influenciar o comportamento de grupos inteiros e inclusive de convencer as baratas a deixarem a sombra e se moverem para áreas iluminadas. Os cientistas desenvolvem a teoria de que robôs parecidos poderiam ser usados para conduzir animais ou para controlar a população de baratas.

Tracy V. Wilson. “HowStuffWorks – Como funcionam as baratas”. Publicado em 19 de dezembro de 2006 (atualizado em 16 de julho de 2008).