Revoada de Cupins
De Onde Vêm os Cupins com Asas (Siriris ou Aleluias) e Como Eles se Comportam?
Os cupins, conhecidos em algumas regiões do Brasil como aleluias, siriris ou sararás, são insetos da ordem Isoptera. Esses insetos sociais vivem em colônias altamente organizadas, semelhantes às de abelhas e formigas, e desempenham papéis fundamentais na manutenção dos ecossistemas, apesar de sua fama de pragas urbanas. Neste texto, exploraremos a origem das revoadas de cupins, seus hábitos e como eles formam novas colônias.
A Estrutura das Colônias de Cupins
Dentro das colônias, que podem ser chamadas de cupinzeiros ou termiteiros, a sociedade dos cupins é dividida em castas, cada uma com funções específicas. As castas principais são:
1. Reprodutores: Estes são os cupins alados, tanto machos quanto fêmeas, que são responsáveis por garantir a propagação da espécie. Eles são os que você frequentemente vê voando ao redor das luzes durante a noite, especialmente na primavera e no verão.
2. Soldados: Geralmente, os soldados são fêmeas e têm a função de proteger a colônia. Eles possuem mandíbulas desenvolvidas que são utilizadas para defender o ninho contra predadores.
3. Operários: Os operários, em sua maioria machos, são os responsáveis por cuidar da manutenção do cupinzeiro. Eles constroem e reparam o ninho, cuidam dos ovos e alimentam as outras castas, incluindo a rainha e o rei.
A Revoada de Cupins: Como e Por Que Acontece?
As famosas revoadas de cupins, que muitas vezes causam incômodo nas áreas urbanas, são fenômenos naturais que ocorrem principalmente nas estações mais quentes e úmidas do ano, como a primavera e o verão. Durante essas estações, as colônias de cupins se preparam para enviar milhares de reprodutores alados para fora do ninho com o objetivo de formar novas colônias.
O processo é desencadeado por hormônios sociais específicos dos cupins. Inicialmente, os reprodutores alados são direcionados a compartimentos subterrâneos dentro do cupinzeiro. Nesses compartimentos, os operários selam as saídas, criando uma compressão que aumenta a tensão entre os reprodutores.
Em determinado momento, esses reprodutores são acometidos por um frenesi: eles começam a vibrar intensamente as asas, gerando calor. Quando a temperatura e a excitação alcançam um pico, os operários abrem as saídas, e os reprodutores alados emergem em uma gigantesca nuvem de insetos, formando as conhecidas revoadas. Esses eventos ocorrem geralmente ao entardecer, criando uma visão impressionante, mas efêmera, de milhares de insetos voando simultaneamente.
O Destino dos Cupins Após a Revoada
Assim que deixam o cupinzeiro, os reprodutores voam em direção à luz, o que explica por que são atraídos pelas lâmpadas das casas. No entanto, muitos não conseguem sobreviver por muito tempo. Aqueles que têm sucesso na revoada acabam perdendo suas asas naturalmente logo após o voo e se dirigem ao solo ou a superfícies de madeira.
No solo, os cupins sobreviventes procuram por um parceiro para iniciar uma nova colônia. Quando um macho encontra uma fêmea, eles formam um casal real e começam a escavar uma pequena galeria, que leva a uma câmara mais ampla, chamada de câmara nupcial. É nesta câmara que ocorre a primeira cópula e onde a fêmea coloca seus primeiros ovos.
O Ciclo de Vida do Casal Real e o Início de uma Nova Colônia
Após o encontro do casal e a construção da câmara nupcial, o ciclo de vida de uma nova colônia começa. Cerca de um mês depois da revoada, os primeiros ovos eclodem, dando origem às primeiras formas jovens de cupins. Esses jovens cupins são cuidados pelo casal real até que possam se mover por conta própria.
Com o tempo, o casal real, que consiste na rainha e no rei, se dedica exclusivamente à reprodução. A fêmea, conhecida como rainha, pode colocar milhares de ovos durante sua vida, com o macho, o rei, fertilizando-a periodicamente. À medida que a colônia cresce, a câmara nupcial é ampliada pelos operários para acomodar o corpo da rainha, que se torna cada vez maior devido à intensa produção de ovos.
Prevenindo Infestações de Cupins em Áreas Urbanas
Embora o papel ecológico dos cupins seja importante, suas revoadas podem causar sérios problemas em áreas urbanas. Eles são atraídos pela luz artificial e, uma vez dentro das casas, podem rapidamente infestar móveis e estruturas de madeira.
Para evitar que os cupins entrem em sua casa durante uma revoada, algumas medidas simples podem ser adotadas. A primeira delas é fechar portas e janelas e apagar as luzes externas assim que perceber os primeiros sinais de uma revoada. Isso ajuda a evitar que os insetos sejam atraídos para dentro de sua residência.
Caso alguns cupins ainda consigam entrar, é importante removê-los rapidamente para evitar que encontrem um local adequado para iniciar uma nova colônia. Além disso, a utilização de telas nas janelas e portas pode ser uma solução eficaz para impedir a entrada desses insetos.
Considerações Finais
Os cupins são insetos fascinantes, com uma organização social complexa e um papel vital na decomposição de matéria orgânica na natureza. No entanto, sua presença em áreas urbanas pode ser problemática, especialmente durante as revoadas.
Entender como esses insetos se comportam e as razões por trás das revoadas pode ajudar a prevenir infestações em sua casa. Conte com a sempre com a Osaka na descupinização e no controle de pragas em geral.