Teia Orbicular

Teia Orbicular

A aranha que tece uma teia orbicular monta suas elegantes armadilhas rapidamente, procedendo passo a passo de acordo com o manual de instruções pré-programado em seu cérebro.

Cada teia começa com um único fio, que é a base do resto da estrutura. Para estabelecer essa ponte, a aranha sobe até um ponto de partida adequado – como um galho de árvore, por exemplo – e solta uma quantidade de fio ao vento. Com alguma sorte, a ponta solta do fio se prende em outro galho. Se a aranha sente que o fio se prendeu em algo, ela tensiona a seda e prende o fio no ponto de partida. Ela então caminha com cuidado através desse fio-guia, reforçando-o com um segundo fio. O processo é repetido até que o fio esteja suficientemente forte. Depois disso, outro fio é lançado, formando uma espécie de Y abaixo do fio inicial. Isso forma o núcleo da estrutura de suporte da teia.

A aranha se agarra facilmente aos finos fios com garras serrilhadas especiais, um gancho macio e uma série de pêlos farpados na extremidade de suas pernas. Conforme ela anda pelos fios da estrutura inicial, coloca mais armações de fios entre vários pontos de ancoragem. Em seguida, ela começa a colocar fios radiais do centro da teia para as bordas.

A aranha não reveste as bordas e os raios com material pegajoso, uma vez que precisa andar por eles para se mover pela teia. Depois de construir todos os fios radiais, ela coloca mais seda não pegajosa para formar uma espiral auxiliar, estendendo-se do centro para a borda de fora da teia. Ela então faz as espirais, colocando os fios pegajosos e usando a espiral auxiliar como referência. A aranha come a espiral auxiliar enquanto coloca a espiral pegajosa, resultando em uma teia com fios não pegajosos, para se locomover, e uma espiral pegajosa, para pegar insetos.

A aranha se coloca no meio da teia, monitorando suas vibrações. Se um inseto for capturado em qualquer parte da teia, a aranha sentirá o movimento através dos fios e irá até a fonte da vibração. Desse modo, a teia estende o sistema sensorial da aranha sobre uma área muito maior. A aranha também pode deixar a teia, se recolhendo até um ninho separado enquanto monitora a teia por uma linha de sinal.

Aranhas que tecem teias têm a habilidade inata de saber a diferença entre vibrações feitas por um inseto e vibrações de outra natureza, como uma folha que cai na teia, por exemplo. Muitas espécies também podem distinguir as vibrações características de insetos perigosos, como as vespas, das vibrações de suas presas preferidas.

Quando a teia está deteriorada e não é mais útil, muitas espécies a destroem, comendo todos os fios para que possam reciclar a seda. Elas podem também deixar a ponte de fios para que possam reconstruir a teia no futuro.